Equipe de Comunicação do XX
Congresso Nacional do ECC
Dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a mortalidade infantil no Brasil
reduziu quase pela metade na última década, cerca de 47%. Em 2000, a cada mil
crianças nascidas, 29,7 delas não completavam um ano de vida. Dez anos depois,
o índice reduziu para 15,6. Esses dados revelam que o Brasil está prestes a alcançar
uma meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que determina o
número máximo de 14,4 óbitos por mil nascidos vivos.
As
conquistas devem ser comemoradas por todos, mas quem está vibrando com ainda
mais entusiasmo são aqueles que trabalham diretamente na redução desses
números. É o caso da Pastoral da Criança, organização de combate à mortalidade
infantil que nasceu no Brasil em 1983. Em Presidente Prudente, a organização
chegou quatro anos depois. “Quando fiquei sabendo da atuação da Pastoral da
Criança e tomei conhecimento da situação precária de muitas crianças na região,
fiquei sensibilizado e abracei a causa”, revela o voluntário Amarildo Mota.
Durante
o XX Congresso Nacional do ECC (Encontro de Casais com Cristo) - que será
realizado de 13 a
15 de julho, no Campus II da Unoeste -, os trabalhos realizados pela Pastoral
da Criança na Diocese de Presidente Prudente serão apresentados a todos os
congressistas presentes, servindo de exemplo e inspirando outras pessoas a também
abraçarem a causa.
Ações da Pastoral - Clodoaldo Belo da Silva é coordenador de Ramo,
multiplicador e membro da equipe diocesana da Pastoral da Criança – trabalhos
desenvolvidos voluntariamente. Há nove anos engajado com a organização, ele
explica que a Pastoral da Criança é reconhecida como uma das mais importantes
em todo o mundo no trabalho ao combate à mortalidade infantil e melhoria da
qualidade de vida das crianças. “Nosso trabalho também se estende às gestantes,
já que atuamos no desenvolvimento das crianças de baixa renda, da concepção aos
seis anos de idade”, define o voluntário.
As
atividades desenvolvidas pela organização são de cunho preventivo, com ações de
saúde, nutrição, educação e cidadania. “Atuamos através de um conjunto de
práticas educativas simples, baratas e facilmente aplicáveis”, explica Silva. De
acordo com ele, os trabalhos principais dividem-se em três etapas: visita domiciliar, celebração da vida e reunião
de reflexão e avaliação.
“O
trabalho tem início com a visita domiciliar, onde convidamos a família para
participar da celebração da vida. Neste segundo momento, pesamos as crianças a
fim de acompanhar seu desenvolvimento, damos orientações e servimos um lanche. Na
última etapa, reunião de reflexão e avaliação, os voluntários se reúnem para
discutirem os resultados obtidos durante a celebração da vida”, esclarece Silva.
Cada
uma dessas três atividades é realizada uma vez ao mês, sendo que outras ações
paralelas são promovidas com freqüência, como palestras e campanhas educacionais.
“A maior parte dos problemas de saúde podem ser solucionados na família e na
comunidade, desde que as pessoas aprendam a identificar as doenças e a procurar
os recursos o mais cedo possível. Por isso, a educação para a saúde é essencial”,
afirma o voluntário.
Resultados
– Atualmente, a Pastoral da Criança está
presente em 21 cidades na região de Presidente Prudente, acompanhando
mensalmente 3.931 famílias, 4.557 crianças e 220 gestantes. Todo o trabalho é
desenvolvido por cerca de mil voluntários.
Uma
das famílias atendidas é a de Bruna Danielle de Souza, de 24 anos. Ela é mãe da
Ana Clarise, de 6 anos, do Nicolas, de 4
anos, e da Ester, de 1 ano. Ela frequenta as atividades desde dezembro de 2011
e diz que já aprendeu muito. “Em uma palestra, aprendi com uma nutricionista a
fazer substituições, trocando alimentos com pouco nutrientes para outros com
maior valor nutritivo”, comenta Bruna. Como a maioria das crianças, as dela
também dão muito trabalho na hora das refeições. Nesta hora, a mãe utiliza
alguns truques: “faço desenhos com a comida ou misturo verduras nos alimentos
preferidos das crianças”.
Para
certificar de que as refeições têm dado certo, Bruna leva suas crianças para
participar da celebração da vida. “Aprovo
esta atividade, pois consigo acompanhar o desenvolvimento das crianças com
frequência”, conclui.
Saiba mais – A Pastoral da Criança é uma instituição de base
comunitária, que tem seu trabalho baseado na solidariedade e na partilha do
saber. Ela nasceu em 1983, no município de Florestópolis (PR), e foi
primeiramente executado na Paróquia de São João Batista. A organização foi
idealizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio do
bispo Dom Paulo Evaristo Arns, que convocou sua irmã, a médica sanitarista
Zilda Arns, e o bispo Dom Geraldo Majella Agnello. A equipe colocou então em
prática um pedido feito pelo diretor executivo da Unicef na época, James Grunt,
para que a Igreja Católica brasileira realizasse um trabalho para reduzir a
mortalidade infantil.
Mas por que selecionar uma
pequena cidade do Paraná? A eleição deste município deu-se por conta dos
números elevados de mortalidade infantil: 127 crianças para cada mil nascidas. Após
um ano de atividades, este número alarmante foi reduzido para 28 crianças. Diante
do sucesso, o trabalho da Pastoral da Criança começou a se expandir para outras
regiões brasileiras com apoio dos bispos, e hoje, ele já está sendo executado
em 19 países. Atualmente, mais de 260 mil voluntários acompanham o
desenvolvimento de quase 1,8 milhão de crianças. O lema da organização é: “Eu
vim para que todos tenham vida, e para que a tenham em abundância (João 10,
10)”.
Serviço – Para
mais informações, o interessado pode entrar em contato através da Cúria
Diocesana de Presidente Prudente, no telefone 3918-5000.
Para Clodoaldo Belo da Silva, voluntário
na Pastoral da Criança há nove anos, “a educação para a saúde é essencial”
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Quando conheceu a Pastoral da
Criança, o voluntário Amarildo Mota sensibilizou-se e abraçou a causa
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Bruna Danielle de Souza leva seus
filhos para a celebração da vida a
fim de acompanhar o desenvolvimento deles
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Suely Rodrigues da Silva participa das atividades sempre acompanhada dos filhos Isabela e Gustavo |
Voluntária Elisabete Cristina
Santos gosta de poder orientar as mães participantes e ajudá-las na busca de
bons costumes
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